Quatro presos no Japão por supostamente vender marfim em forma de presas gigantescas
A polícia japonesa prendeu quatro pessoas por supostamente venderem presas de elefante em leilões online como presas gigantes para fugir de uma proibição comercial, informou a polícia na quarta-feira.
Nobumasa Daigo, um executivo de 58 anos da Daigo Ivory Co., que processa e vende produtos de marfim, e outros três membros da família que trabalham para a empresa sediada na província de Saitama, perto de Tóquio, foram presos na segunda-feira sob suspeita de violar a Lei de Prevenção da Concorrência, que proíbe a rotulagem de produtos.
O Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio, que liderou a investigação, suspeita que a empresa vendeu presas de elefante e produtos de marfim avaliados em cerca de 100 milhões de ienes (US$ 695) por ano, rotulando-os como provenientes de mamutes, uma espécie extinta.
Os quatro foram presos sob suspeita de vender tais produtos totalizando cerca de 126 ienes para quatro clientes do sexo masculino por meio de um site de leilões entre outubro de 500 e novembro de 2022, disse a polícia, acrescentando que o caso veio à tona após uma denúncia do Ministério da Economia, Comércio e Indústria.
Os suspeitos admitiram as acusações, segundo a polícia.
A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens, também conhecida como Convenção de Washington, proíbe o comércio internacional de marfim para combater a ameaça da caça ilegal de elefantes.
De acordo com a organização ambiental The Japan Tiger and Elephant Fund, presas de elefante eram comercializadas sob o disfarce de presas de mamute porque são difíceis de distinguir.
No Japão, o comércio de presas de elefante é permitido se elas forem certificadas por uma organização apoiada pelo estado como presas obtidas legalmente.