5 mortes ligadas aos suplementos da Kobayashi Pharma, causa ainda obscura

5 mortes ligadas aos suplementos da Kobayashi Pharma, causa ainda obscura

A Kobayashi Pharmaceutical Co. disse na sexta-feira que confirmou uma quinta morte possivelmente ligada aos seus suplementos dietéticos de arroz com fermento vermelho, mas ainda não determinou qual substância pode ser responsável pelos problemas de saúde entre centenas de relatos de pessoas que adoeceram.

As cinco mortes envolveram pessoas com idades entre 70 e 90 anos, segundo a empresa, que fez o recall de suplementos "beni-koji choleste help", que se acredita ajudarem a reduzir os níveis de colesterol LDL, conhecido como colesterol "ruim".

Até agora, cerca de 680 pessoas receberam ou desejam receber tratamento ambulatorial para sintomas suspeitos de estarem ligados aos suplementos, e a empresa oferecerá indenização a elas e às 114 pessoas hospitalizadas, afirmou.

“Determinar uma causa e evitar que (o incidente) aconteça novamente é nossa responsabilidade.” Garantirei, como chefe da empresa, que isso seja alcançado”, disse o presidente da Kobayashi Pharmaceutical, Akihiro Kobayashi, em entrevista coletiva.

Kobayashi disse que a substância em questão “poderia ter vindo de mofo, mas ainda não determinamos qual estrutura (química) ela possui”.

O Ministério da Saúde do Japão e a Kobayashi Pharmaceutical disseram na sexta-feira que a análise da empresa encontrou a presença de ácido puberúlico em produtos feitos de arroz com fermento vermelho, um composto natural feito de mofo azul que a empresa não esperava que seus produtos contivessem. Ainda não se sabe se a substância tem ligação causal com problemas de saúde.

O ácido puberúlico é um poderoso agente antibacteriano e antimalárico, segundo o Ministério da Saúde.

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Espera-se que um centro de pesquisa governamental realize um exame mais aprofundado da substância em colaboração com a empresa, disse o ministério.

Na conferência de imprensa realizada em Osaka, foram feitas muitas perguntas sobre a lenta resposta da administração às preocupações de saúde. A empresa disse que percebeu um problema potencial pela primeira vez em janeiro, mas só veio a público em 22 de março.

Kobayashi disse que demorou para a empresa falar publicamente sobre os problemas porque teve dificuldade para identificar a causa.

As consequências do escândalo se espalharam pelo exterior. A mídia de Taiwan informou na quinta-feira que uma mulher que consumiu suplementos contendo arroz vermelho fermentado da empresa foi diagnosticada com insuficiência renal aguda.

A fabricante farmacêutica anunciou em 22 de março que as pessoas que tomaram esses suplementos apresentaram sintomas como doença renal.

A empresa inicialmente suspeitou do envolvimento da citrinina, um metabólito tóxico produzido pelo arroz vermelho fermentado, mas disse anteriormente que não havia sido detectado em seus produtos.