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Situação dos direitos humanos na Coreia do Norte 'piorou' em 10 anos, diz agência da ONU

GENEBRA — A situação dos direitos humanos na Coreia do Norte não apenas "não melhorou" desde uma década atrás, mas "piorou" em muitos casos, com prisioneiros políticos mantidos em campos e a pena de morte aplicada a uma série de crimes, disse a agência de direitos humanos das Nações Unidas em um relatório na sexta-feira.

Observando que estrangeiros sequestrados pela Coreia do Norte, incluindo cidadãos japoneses, continuam desaparecidos, o gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos também pediu ao país que forneça imediatamente informações sobre esses indivíduos.

O relatório, que abrange janeiro de 2014 a março de 2025, foi compilado depois que o escritório entrevistou mais de 300 vítimas e testemunhas que deixaram o país durante o período.

Imagens de satélite e outras informações mostram que pelo menos quatro campos de prisioneiros políticos continuam operando, enquanto algumas instalações foram fechadas e outras foram expandidas na última década, diz o relatório.

Nesses campos, ocorreram graves violações dos direitos humanos, incluindo trabalho forçado, execução sumária e fome, diz o relatório, acrescentando que familiares dos acusados ​​também são presos por "culpa por associação".

A pena de morte tem sido aplicada a crimes "significativamente" desde 2015, com leis que agora permitem a pena capital para tráfico de drogas e propaganda "antiestado", diz o relatório.

Enquanto isso, pelo menos 12 estrangeiros foram detidos pelo governo norte-coreano durante o período, segundo o relatório. A década não viu nenhuma resolução para a questão dos sequestros e, até 2025, a agência havia comunicado 450 casos relevantes ao governo, incluindo aqueles envolvendo japoneses e sul-coreanos, afirmou.

Apesar de algumas medidas isoladas, "a situação dos direitos humanos na República Popular Democrática da Coreia não melhorou no geral desde 2014 e, em muitos casos, piorou", concluiu a agência no relatório, usando o nome oficial da Coreia do Norte em inglês.

A agência enfatizou, provavelmente com a China em mente, que melhorar a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte exigirá esforços de "terceiros estados, particularmente aqueles com capacidade de influenciar e manter relações" com a Coreia do Norte.

A China é o aliado mais próximo e influente da Coreia do Norte em termos econômicos.

“Se a RPDC continuar em sua trajetória atual, o povo será submetido a mais sofrimento, repressão brutal e medo do que já vem sofrendo há tanto tempo”, disse Volker Turk, Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, em um comunicado.