Japão alerta contra a divulgação de informações falsas nas redes sociais sobre o terremoto de Noto

Relatos falsos de um forte terremoto no centro do Japão no dia de Ano Novo se espalharam nas redes sociais, levando o governo na quarta-feira a instar o público a ter cautela.

Alguns relatórios atribuíram a causa do terremoto de magnitude 7,6 que atingiu a Península de Noto e áreas adjacentes na costa do Mar do Japão na segunda-feira ao uso de uma "arma sísmica", enquanto chamavam o evento sísmico de "terremoto artificial ”.

Uma mulher de 40 anos que morava em uma das áreas atingidas pelo desastre teve seu endereço divulgado publicamente em uma mensagem atribuída a ela que dizia: “Meu filho está preso e não consegue se mover”. Ela disse: “Esta é uma informação falsa e a localização da minha casa agora é conhecida. Quero que a mensagem seja excluída. »

Outras postagens compartilharam vídeos editados que pretendiam retratar o tsunami causado pelo último terremoto, usando imagens do enorme terremoto e tsunami de março de 2011 que desencadeou a crise da usina nuclear de Fukushima Daiichi.

No caso de uma catástrofe, informações falsas podem dificultar as operações de socorro e colocar vidas em risco. Após um terremoto mortal em Kumamoto, no sudoeste do Japão, em 2016, um homem foi preso por espalhar um boato falso de que um leão havia escapado de um zoológico.

O primeiro-ministro Fumio Kishida disse na terça-feira que a disseminação de informações falsas era “inaceitável” e o Ministério das Comunicações instou as pessoas a “julgarem cuidadosamente” se as postagens online são verdadeiras antes de divulgá-las.