Japão pede extradição de ativista anticaça detido na Groenlândia

Japão pede extradição de ativista anticaça detido na Groenlândia

O Japão solicitou a extradição do fundador do grupo anti-caça às baleias Sea Shepherd, detido na Gronelândia no mês passado, anunciou quinta-feira o governo dinamarquês.

Paul Watson foi colocado na lista de procurados da Interpol a pedido do Japão, sob suspeita de obstruir à força a chamada pesquisa baleeira do país.

Se não houver motivos para rejeitar o pedido, disse o Ministério da Justiça dinamarquês, a polícia gronelandesa investigará se deve prosseguir com a extradição, cabendo ao ministério a decisão final.

Watson, de 73 anos, foi preso em 21 de julho quando seu barco atracava em Nuuk, na Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca, para reabastecer a caminho da interceptação do navio baleeiro japonês Kangei Maru, no Pacífico Norte.

A Fundação Capitão Paul Watson instou o governo dinamarquês a libertá-lo, dizendo que o "aviso vermelho" da Organização Internacional de Polícia Criminal para a sua prisão foi "motivado politicamente".

Muitos países ocidentais opõem-se à caça às baleias, com o presidente francês Emmanuel Macron a opor-se nomeadamente à extradição de Watson.

Uma petição online francesa pedindo sua libertação reuniu cerca de 670 mil assinaturas, segundo relatos da mídia.

Watson, que possui dupla cidadania canadense e americana, era membro do grupo de proteção ambiental Greenpeace, mas o deixou e fundou a Sea Shepherd em 1977. Ele também se separou da Sea Shepherd em 2022.