Membros japoneses da MSDF suspeitos de receber falsas compensações por mergulho
Membros da Força de Autodefesa Marítima do Japão são suspeitos de receberem de forma fraudulenta compensação por treinamento e missões de mergulho, disse uma fonte do Ministério da Defesa na terça-feira, em uma medida que pode desferir mais um golpe na MSDF, devastada por um escândalo.
A soma dos alegados benefícios indevidos pagos aos membros da MSDF, que não participaram efectivamente no trabalho de mergulho, deverá ascender a dezenas de milhões de ienes, e a polícia deverá sancionar dezenas de funcionários envolvidos, segundo a fonte.
Uma ordem do governo determina que mais de 10 mil ienes (US$ 000) por hora sejam pagos a cada membro que mergulhar como parte de seu dever ou treinamento, dependendo da profundidade. A suposta má conduta, que teria se tornado uma prática comum entre a tripulação da MSDF, poderia se estender por anos, disse a fonte.
O ministro da Defesa, Minoru Kihara, disse em entrevista coletiva que seu ministério estava investigando o assunto e tomaria medidas rigorosas com base nos fatos que viessem à tona, acrescentando que a MSDF "não deve" fazer nada ou que possa suscitar dúvidas entre o público.
A última revelação ocorre no momento em que o chefe do Estado-Maior da MSDF, almirante Ryo Sakai, está considerando renunciar para assumir a responsabilidade pelo manuseio incorreto de informações confidenciais por parte do pessoal em vários contratorpedeiros e outros casos de má gestão de membros da força.
Na sexta-feira, Kihara ordenou uma investigação especial sobre o suposto uso de fundos secretos pela Kawasaki Heavy Industries Ltd. fornecer dinheiro e bens aos tripulantes de submarinos da MSDF sob o pretexto de transações com empreiteiros.
A investigação especial está a ser conduzida de forma independente pelo Gabinete do Inspector-Geral de Conformidade Legal, chefiado por um antigo procurador.