Negociador de tarifas do Japão chega aos EUA em busca de um rápido corte de tarifas automotivas

Negociador de tarifas do Japão chega aos EUA em busca de um rápido corte de tarifas automotivas

WASHINGTON – O negociador de tarifas japonês, Ryosei Akazawa, chegou a Washington na terça-feira à noite para pedir aos Estados Unidos que implementem o mais rápido possível uma redução acordada nas tarifas sobre importações de carros e peças automotivas japonesas.

Citando um acordo comercial que os Estados Unidos fecharam no início deste ano com a Grã-Bretanha, que levou mais de 50 dias para reduzir uma tarifa automática, Akazawa sugeriu aos repórteres que também levaria algum tempo para o Japão atingir sua meta.

A última visita de Akazawa para realizar outra rodada de negociações com membros do gabinete dos EUA ocorre duas semanas depois que o presidente dos EUA e o presidente dos EUA, Donald Trump, chegaram a um acordo comercial.

Pelo acordo, os Estados Unidos se comprometeram a reduzir a chamada tarifa recíproca sobre produtos japoneses, que deve entrar em vigor na quinta-feira, de 15% para 25%.

Naquela época, Trump também concordou em reduzir as tarifas de automóveis para 15% para o Japão em troca da promessa de investir pesadamente nos Estados Unidos.

No entanto, diferentemente da tarifa específica do país, não está claro quando o governo Trump planeja implementar as tarifas reduzidas para automóveis.

Usando uma estrutura legal diferente do seu programa de tarifas recíprocas, Trump aumentou a tarifa de veículos com destino aos EUA de 27,5% para 2,5% em abril, citando preocupações com a segurança nacional.

Ao chegar a um aeroporto perto de Washington, Akazawa, Ministro da Revitalização Econômica do Japão, disse a repórteres que o objetivo de sua visita era garantir que os Estados Unidos cumprissem os termos do acordo bilateral.

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, enfrentou críticas de parlamentares da oposição por não assinar um documento com Washington para confirmar o acordo comercial.

Alguns críticos sugeriram que pode haver mal-entendidos, visto que há discrepâncias nas descrições do acordo feitas pelos governos japonês e americano.

Pelo acordo, por exemplo, autoridades japonesas disseram que as importações do Japão já sujeitas a tarifas de 15% ou mais não enfrentarão taxas adicionais de 15%.

Mas uma ordem executiva assinada por Trump na semana passada alterando as tarifas recíprocas, bem como outros documentos oficiais dos EUA, não mencionaram tal condição.

Na próxima nona rodada de negociações ministeriais, Akazawa disse que pediria à equipe comercial de Trump que explicasse por que os documentos não se referiam à condição de "não acumulação" para o Japão, ao contrário da União Europeia, que chegou a um acordo comercial semelhante com os Estados Unidos em 27 de julho.

Ao falar sobre Trump em uma sessão parlamentar no início desta semana em Tóquio, Ishiba disse que ele "não era uma pessoa comum. Ele é alguém que quer mudar as regras".

"É mais difícil colocar (um acordo) em prática do que chegar a um acordo", disse Ishiba.

Espera-se que Akazawa permaneça na capital dos EUA até sexta-feira e possivelmente converse com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o secretário do Comércio, Howard Lutnick.