Nove pessoas encaminhadas ao Ministério Público após morte de detido na delegacia japonesa
A polícia enviou na sexta-feira aos promotores documentos investigativos sobre oito policiais atuais e um aposentado no centro do Japão, acusados de tratamento impróprio que levou à morte de um homem detido com doenças crônicas no final do ano passado.
As acusações que os nove enfrentam incluem negligência profissional que levou à morte do homem de 43 anos que estava detido em uma cela na delegacia de polícia de Okazaki, na província de Aichi. O homem lutou contra esquizofrenia e diabetes e morreu de insuficiência renal, mas acredita-se que não recebeu cuidados médicos adequados.
A polícia da província de Aichi pediu desculpas em entrevista coletiva por causar as “graves consequências” e ofereceu condolências à família do homem. No total, 27 pessoas foram sancionadas por este caso.
O chefe da delegacia de polícia de Okazaki, Hiroshi Shimazaki, escapou de responsabilidade criminal, mas renunciou na sexta-feira. A polícia da província sancionou o homem de 60 anos com uma redução de salário de três meses por não ter visitado as celas durante sua detenção.
O homem foi preso em 25 de novembro do ano passado por suposta obstrução ao desempenho de funções oficiais. Ele morreu em 4 de dezembro.
O homem foi colocado em confinamento solitário devido ao comportamento violento e foram usadas restrições nele por mais de 130 horas.
Imagens de câmeras de segurança também mostraram o homem aparentemente sendo chutado, e o caso foi encaminhado ao Ministério Público por agressão por policiais.
A polícia da província considera improvável que o ataque tenha tido uma ligação causal com a morte do homem.
