O Japão não se opõe ao plano dos EUA de fornecer munições cluster à Ucrânia

O Japão não se opõe ao plano dos EUA de fornecer munições cluster à Ucrânia

O Japão não manifestou oposição na segunda-feira a um plano dos EUA de fornecer munições cluster à Ucrânia para a sua contra-ofensiva contra a Rússia, com alguns membros da OTAN preocupados com o fornecimento de armas antes do seu pico no final desta semana.

O secretário-chefe de gabinete japonês, Hirokazu Matsuno, não chegou a fazer uma avaliação direta do plano dos EUA, mas o porta-voz do governo disse que Tóquio confirmou o compromisso de Washington em mitigar o impacto das armas sobre os civis na Ucrânia.

Matsuno disse que o Japão estava ciente de que os Estados Unidos ofereceriam munições cluster projetadas para minimizar o risco de munições não detonadas e que a Ucrânia as usaria exclusivamente em seu território, enquanto tentava reduzir os danos àqueles que não fazem parte do exército.

Na sexta-feira, Washington anunciou que forneceria armas a Kiev pela primeira vez como parte de um pacote de ajuda militar de 800 milhões de dólares para apoiar a Ucrânia na sua guerra em curso, lançado pela Rússia em fevereiro de 2022.

Antes da cimeira de dois dias da Organização do Tratado do Atlântico Norte, terça-feira, na Lituânia, alguns dos seus membros, incluindo Grã-Bretanha, Alemanha e Canadá, manifestaram oposição ao uso ou ao fornecimento de armas.

Espera-se que o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, participem do comício. O Japão não é membro da NATO, mas o país asiático é parceiro da aliança transatlântica.

Ao abrigo da Convenção sobre Munições de Fragmentação, as armas, que libertam muitas bombas mais pequenas para matar pessoas indiscriminadamente e também podem deixar munições por explodir, conduzindo subsequentemente a mortes involuntárias de civis, são proibidas por mais de 100 países.

Os Estados Unidos, a Rússia e a Ucrânia não são partes na convenção. Matsuno disse em entrevista coletiva na segunda-feira que o Japão, como um dos signatários da estrutura, trabalharia para convocar o maior número possível de não membros para se juntarem ao grupo.