O primeiro-ministro japonês, Espoir Takaichi, apoia a emissão de títulos que cubram o déficit, se necessário

O primeiro-ministro japonês, Espoir Takaichi, apoia a emissão de títulos que cubram o déficit, se necessário

TÓQUIO – A ex-ministra do Interior, Sanae Takaichi, considerada uma das favoritas na corrida pela liderança do partido governista para suceder o primeiro-ministro Shigeru Ishiba, disse na terça-feira que apoiaria a emissão de títulos do governo cobertos pelo déficit, se necessário, para financiar medidas para o crescimento econômico do Japão.

Observando que a receita tributária extra deve ser usada para medidas de combate aos altos preços, Takaichi, 64, que pretende se tornar a primeira mulher primeira-ministra do Japão, disse em uma entrevista coletiva conjunta com os outros quatro candidatos do Partido Liberal Democrata: "Se não pudermos evitar, acho que teremos que emitir títulos do governo".

A posição de Takaichi a diferencia dos outros quatro, que eram cautelosos em emitir dívida no Japão, cuja saúde fiscal é a pior entre as economias avançadas.

A coletiva de imprensa ocorreu no momento em que a campanha para a liderança do LDP, em 4 de outubro, começou oficialmente na segunda-feira, com Takaichi, o Ministro da Fazenda Shinjiro Koizumi, o ex-Ministro da Segurança Econômica Takayuki Kobayashi, o ex-Ministro das Relações Exteriores Toshimitsu Motegi e o Secretário-Chefe do Gabinete Yoshimasa Hayashi declarando seus candidatos.

Embora todos os concorrentes tenham pedido a rápida compilação de medidas econômicas para ajudar a combater o aumento do custo de vida, nenhum estava interessado em introduzir um sistema que permitisse que casais usassem sobrenomes diferentes, uma questão polêmica para o LDP.

Koizumi, que em sua candidatura anterior à presidência do partido no ano passado defendeu um sistema familiar seletivo, disse na terça-feira que ainda acreditava na necessidade de "expandir as escolhas na vida", mas que mais esforço era necessário para construir consenso entre o público e entre os partidos governistas e de oposição.

Aos 44 anos, o filho do ex-primeiro-ministro Junichiro Koizumi é o mais novo dos cinco candidatos e também considerado favorito na disputa.