Testes de DNA mostram homem morto provavelmente fugitivo do atentado no Japão na década de 1970
Testes de DNA mostraram que um homem que morreu no início desta semana em um hospital era provavelmente a pessoa procurada por ligação com um dos atentados terroristas no Japão na década de 1970, disseram fontes investigativas na sexta-feira.
O homem confessou no mês passado que era suspeito de ser o homem-bomba Satoshi Kirishima, membro de um grupo de extrema esquerda. Os resultados dos testes de ADN realizados aos familiares do suspeito revelaram que “não há inconsistência no parentesco” entre as duas partes, disseram as fontes.
Também na sexta-feira, a polícia revistou a casa do homem em Fujisawa, província de Kanagawa, em busca de documentos que pudessem ajudar a confirmar sua identificação.
Kirishima era membro da Frente Armada Antijaponesa do Leste Asiático, um grupo radical que executou os atentados de alto perfil. Ele é procurado há muito tempo porque é suspeito de ter plantado e detonado uma bomba caseira em um prédio no bairro de Ginza, em Tóquio, em 19 de abril de 1975.
Se for Kirishima, que hoje completaria 70 anos, a polícia planeja encaminhar o caso ao Ministério Público.
O homem vivia com o nome de Hiroshi Uchida e trabalhava em uma construtora em Fujisawa há cerca de 40 anos.
O homem fazia consultas ambulatoriais em um hospital em Kamakura, província de Kanagawa, há cerca de um ano e foi hospitalizado em janeiro. Ele confessou ser Kirishima quatro dias antes de morrer na segunda-feira, após se submeter a tratamento para câncer de estômago terminal.