Trump compara manifestantes do Capitólio a internados nipo-americanos na Segunda Guerra Mundial
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, disse na sexta-feira que seus apoiadores acusados e presos em conexão com os distúrbios no Capitólio de 6 de janeiro de 2021 foram tratados como nipo-americanos encarcerados durante a Segunda Guerra Mundial.
A comparação feita por Trump dos manifestantes com as aproximadamente 120 mil pessoas inocentes de ascendência japonesa que foram mantidas em campos de internamento nos Estados Unidos durante a guerra ocorreu menos de um mês antes das eleições presidenciais.
“Por que eles ainda estão detidos? Ninguém nunca foi tratado assim”, disse Trump, acrescentando: “Ninguém nunca foi tratado assim – talvez os japoneses na Segunda Guerra Mundial, francamente”.
O candidato presidencial republicano fez as observações numa entrevista ao vivo com o apresentador de rádio pró-Trump, Dan Bongino.
O encarceramento de nipo-americanos – aproximadamente dois terços dos quais nasceram nos Estados Unidos – foi realizado sob uma ordem executiva emitida em 19 de fevereiro de 1942, pelo então presidente Franklin Delano Roosevelt, após o ataque japonês a Pearl Harbor.
O governo federal os deteve sob suspeita de que pudessem espionar para o Japão ou sabotar o esforço de guerra.
O Congresso dos EUA aprovou um projeto de lei em 1988 que previa 20 mil dólares para cada internado sobrevivente e pediu desculpas pela ordem executiva que os forçou a ir para campos de guerra.
