Bessent diz que Trump visitará o Japão no final de outubro
WASHINGTON — O presidente dos EUA, Donald Trump, visitará o Japão no final de outubro antes de seguir para a Coreia do Sul para uma cúpula econômica anual da Ásia-Pacífico, disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, na quarta-feira.
Sem especificar datas exatas, Bessent se tornou a primeira autoridade sênior dos EUA a confirmar publicamente a viagem planejada de Trump ao Japão quando discursou em um evento de investimentos da CNBC em Washington, à margem das reuniões anuais de outono do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.
Trump deve fazer uma visita de três dias ao Japão a partir de 27 de outubro, disseram fontes do governo japonês no início deste mês, acrescentando que durante esse período ele provavelmente se encontrará com o Imperador Naruhito do Japão, conversará com o sucessor do Primeiro Ministro Shigeru Ishiba e visitará uma base naval dos EUA em Yokosuka, perto de Tóquio.
Apesar da recente escalada dramática nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, Bessent também disse que Trump ainda planeja se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping na Coreia do Sul, que sediará a cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico no final deste mês.
Ao revelar que Trump viajaria para a Malásia para uma conferência regional separada antes de seguir para o Japão e a Coreia do Sul, Bessent disse que seus próprios planos provavelmente envolveriam um encontro com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, antes da cúpula Trump-Xi.
As delegações dos EUA e da China, lideradas por Bessent e He, respectivamente, têm realizado reuniões em cidades europeias desde a primavera, ajudando as duas maiores economias do mundo a chegar a uma trégua em suas escaladas tarifárias.
Mas as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China aumentaram novamente desde que Pequim anunciou novos controles de exportação de minerais de terras raras na semana passada.
Nos dias que antecedem a cúpula de dois dias da APEC, os Estados Unidos finalizarão um acordo comercial com a Coreia do Sul e continuarão a progredir em acordos comerciais com a Índia, o Canadá e o México, disse Bessent no evento de quarta-feira.
Em uma coletiva de imprensa com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, mais tarde naquele dia, Bessent disse que os Estados Unidos queriam evitar piorar seu relacionamento com a China e não tinham intenção de "se desassociar" da potência econômica asiática.
“Como disse o presidente, queremos ajudar a China, não prejudicá-la”, disse Bessent. “Se alguns no governo chinês quiserem desacelerar a economia global por meio de ações enganosas e coerção econômica, será a economia chinesa quem mais sofrerá.”
Ele enfatizou: "Não se enganem, é a China contra o mundo."
