Pesquisadores japoneses verificam se as vibrações da pele melhoram a saúde mental
Uma equipe de pesquisadores, inclusive do Japão, iniciará um estudo clínico no final deste mês para estudar se a transmissão de vibrações à pele por meio de uma máscara facial pode melhorar a saúde mental.
Pesquisadores da Universidade de Nagoya e da London Trusted Therapy, uma empresa de educação e pesquisa, pretendem, em última análise, estabelecer uma abordagem não invasiva e livre de drogas para os cuidados de saúde mental.
Seu estudo clínico conjunto em um centro médico de Londres envolverá cerca de 30 pessoas com distúrbios como TDAH, TEPT e depressão.
Os participantes usarão o equipamento facial de plástico duas vezes ao dia, durante 10 a 20 minutos de cada vez, e registrarão quaisquer alterações nos sintomas e na qualidade do sono.
Sons inaudíveis de baixa frequência de ambientes naturais, como floresta e praia, bem como música clássica, serão transmitidos ao cérebro como vibrações durante o estudo.
Os pesquisadores também planejam usar o equipamento facial na Ucrânia no próximo ano em 15 a 20 civis e soldados com sintomas como PTSD da guerra com a Rússia.
“Gostaria de explorar a possibilidade de cuidados (de saúde) que imporiam um fardo mínimo aos pacientes numa zona de conflito onde é difícil fornecer assistência médica”, disse Yasuhiro Suzuki, professor associado da Universidade de Nagoya.
Uma pesquisa conjunta da Universidade de Nagoya e da Universidade de Akita descobriu que 35 idosos com comprometimento cognitivo leve ou demência leve apresentaram melhora nas funções cognitivas, como a memória, após um mês de tratamento com sons de baixa frequência combinados com microvibrações.
Outro experimento, realizado com ratos, também mostrou melhora no metabolismo, na força muscular e nas funções cognitivas.