Ishiba do LDP escolhe veteranos e ex-primeiros-ministros como líderes do partido governante dividido
O novo líder do partido no poder do Japão, Shigeru Ishiba, selecionou legisladores veteranos para seus cargos executivos na segunda-feira, após uma eleição presidencial muito disputada.
Num gesto simbólico, Ishiba, que enfrenta o desafio de alargar o apoio dos seus colegas legisladores do Partido Liberal Democrata, nomeou dois ex-primeiros-ministros influentes: Taro Aso como conselheiro e Yoshihide Suga como vice-presidente.
Hiroshi Moriyama, ex-chefe do Conselho Geral de Tomada de Decisões do LDP e o chefe mais antigo dos assuntos da Dieta, assumiu o cargo de secretário-geral, a segunda posição do partido. O ex-ministro da Defesa, Itsunori Onodera, atuará como líder político.
Moriyama apoiou Ishiba, que deverá ser eleito o próximo primeiro-ministro do Japão no parlamento na terça-feira, nas eleições presidenciais de sexta-feira. Moriyama é conhecido pela sua experiência como coordenador no PDL e pela sua extensa rede de contactos.
Onodera, um apoiante de longa data, é um especialista em política de defesa como Ishiba.
Com as próximas eleições gerais previstas para 27 de outubro, Ishiba pediu a Shinjiro Koizumi, que participou nas eleições presidenciais, para se tornar chefe da estratégia eleitoral, aproveitando a sua popularidade junto do grande público.
Na corrida pela liderança, Aso, que lidera a única facção remanescente no partido, teria apoiado a ministra da Segurança Económica, Sanae Takaichi, no segundo turno.
Suga ainda exerce influência significativa sobre os membros do LDP. Ele serviu como primeiro-ministro de 2020 a 2021, precedendo o presidente cessante, Fumio Kishida. Suga foi o principal porta-voz do governo do primeiro-ministro mais antigo do país, Shinzo Abe.
A nova composição executiva reflecte a tentativa de Ishiba de unificar o LDP depois de um recorde de nove candidatos concorrerem à presidência, dividindo o partido em vários grupos.
Takaichi rejeitou o pedido de Ishiba para se tornar chefe do Conselho Geral, enquanto outro candidato, Takayuki Kobayashi, antigo Ministro da Segurança Económica, recusou uma oferta para assumir o cargo de chefe de relações públicas, sendo um mau presságio para os esforços do líder para unificar o partido.
O Ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, membro do grupo Aso, assumiu o comando do Conselho Geral do LDP.