China suspende importações de todos os frutos do mar japoneses

China suspende importações de todos os frutos do mar japoneses

As autoridades alfandegárias chinesas anunciaram na quinta-feira que Pequim suspenderia as importações de todos os frutos do mar do Japão com efeito imediato, pouco depois de Tóquio começar a descarregar água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico Daiichi.

O Ministério das Relações Exteriores da China condenou veementemente a medida, chamando-a de “ato extremamente egoísta e irresponsável”.

A China também se comprometeu no mesmo dia a reforçar a monitorização da radiação nas suas áreas marítimas após a libertação da água.

A Coreia do Sul, entretanto, instou o Japão a ser transparente sobre as informações que divulga sobre a libertação de água.

“Nosso governo espera e insta o governo japonês a divulgar de forma transparente e responsável informações sobre o processo de descarga de água que continuará pelos próximos 30 anos”, disse o primeiro-ministro Han Duck Soo em comunicado.

Ele também disse que a Coreia do Sul não ficaria muito preocupada enquanto o derramamento de água ocorresse conforme planejado, reiterando que Seul continuaria a monitorar o derramamento.

O Ministério da Ecologia e Ambiente da China, que supervisiona uma unidade responsável pela segurança nuclear, classificou a descarga de água do Japão como "extremamente egoísta e irresponsável" porque "coloca os seus próprios interesses acima do bem-estar da humanidade".

Num comunicado, o ministério instou Tóquio a ouvir a voz da comunidade internacional, a realizar a eliminação de água de forma científica, segura e transparente e a aceitar uma supervisão internacional rigorosa.

Ele prometeu monitorar e avaliar o possível impacto do derramamento de água no Japão para “proteger nossos interesses nacionais e a saúde do povo”.

Em Hong Kong, cerca de 30 manifestantes protestaram contra a descarga de água durante uma manifestação em frente ao consulado geral japonês, com os participantes a dizerem que o Japão é “egoísta” e que “o oceano pertence ao mundo inteiro”.