Bloco governante do Japão abre caminho para exportações mais amplas de itens de defesa
O bloco governante do Japão abriu na quarta-feira o caminho para a exportação de armas e munições produzidas internamente sob licença estrangeira para mais países, disse uma fonte familiarizada com o assunto.
Mas o Japão ainda não poderá exportar armas para um país onde ocorreu um “ataque armado”, como a Ucrânia e Israel, disse a fonte.
A medida surge num momento em que o Japão procura flexibilizar as suas regulamentações rigorosas sobre as exportações de armas, numa tentativa de reforçar a cooperação em defesa com países que pensam da mesma forma, num ambiente de segurança cada vez mais difícil devido às ameaças da China, da Coreia do Norte e da Rússia.
O Japão também reforçou as suas capacidades de segurança, comprometendo-se a quase duplicar os seus gastos anuais com a defesa, para cerca de 2% do seu produto interno bruto, durante os próximos cinco anos, a par dos membros da NATO.
Actualmente, o Japão só pode exportar componentes de produtos de defesa licenciados pelos EUA para os Estados Unidos e outros parceiros de segurança porque as suas regras internas proíbem-no de enviar produtos acabados para o estrangeiro ao abrigo da sua Constituição de renúncia à guerra.
Com base no acordo, o Partido Liberal Democrata liderado pelo primeiro-ministro Fumio Kishida e o Partido Komeito, seu parceiro júnior de coligação, pedirão ao governo que altere os regulamentos relevantes, segundo a fonte.