Principal diplomata do Japão planeja conversações com homólogo chinês sobre assassinato de menino
A ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoko Kamikawa, planeja se encontrar com seu homólogo chinês, Wang Yi, esta semana para discutir questões como a morte por esfaqueamento de um estudante japonês na China e o levantamento da proibição de importações de frutos do mar do Japão, disseram fontes diplomáticas no domingo.
Se as negociações prosseguirem, Kamikawa e Wang se reunirão à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York na segunda-feira, após a última reunião em julho no Laos, disseram as fontes.
Kamikawa provavelmente instará a China a desenvolver medidas para evitar que um incidente semelhante aconteça novamente e a fazer mais esforços para garantir a segurança dos cidadãos japoneses que vivem no país.
Paralelamente, um vice-ministro dos Negócios Estrangeiros japonês viajou no domingo a Pequim, também para discutir o esfaqueamento ocorrido na quarta-feira perto de uma escola japonesa na cidade de Shenzhen, no sul do país.
Durante sua viagem de três dias, Yoshifumi Tsuge se reunirá com autoridades do governo chinês sobre o incidente, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
O menino de 10 anos, cujo pai é japonês e mãe chinesa, morreu na manhã de quinta-feira após ser esfaqueado no abdômen enquanto caminhava para a escola. O suspeito foi detido pela polícia que estava perto da escola.
A polícia descreveu o ataque com faca como um incidente isolado e disse que o agressor agiu sozinho, segundo a mídia local.
Em relação à proibição da China às importações de frutos do mar, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse sexta-feira que Pequim concordou em retomá-las, desde que terceiros países, incluindo ela própria, participem no monitoramento da liberação de água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no mar.
