Chefe da ONU critica Coreia do Norte por mísseis e sequestros de japoneses
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou na quinta-feira a Coreia do Norte por continuar os seus testes de mísseis balísticos, desafiando as resoluções adoptadas pelo Conselho de Segurança do organismo mundial e por não fornecer informações suficientes sobre cidadãos japoneses raptados.
“Condeno veementemente qualquer tentativa da Coreia do Norte de lançar mísseis ou desenvolver armas nucleares”, disse Guterres numa conferência de imprensa.
O secretário-geral disse que era “absolutamente essencial” que a Coreia do Norte cumprisse as resoluções do Conselho de Segurança que proíbem qualquer atividade que utilize tecnologia de mísseis balísticos.
A Coreia do Norte testou vários mísseis balísticos nos últimos anos. No ano passado, também enviou um satélite espião à órbita terrestre por meio de um foguete que faz parte de um programa espacial que também viola as resoluções devido ao uso de tecnologia de mísseis balísticos proibidos.
O Conselho de Segurança convocou repetidamente reuniões após os lançamentos de mísseis norte-coreanos, mas não foi alcançado consenso sobre como resolver as questões devido a divisões entre os membros permanentes com poder de veto, como os Estados Unidos, a Rússia e a China.
Guterres também criticou Pyongyang por sequestrar cidadãos japoneses nas décadas de 1970 e 1980 e por não responder aos apelos de Tóquio pedindo informações sobre eles.
“É inaceitável” manter os sequestrados “durante décadas sem que as suas famílias sejam devidamente informadas” das suas vidas ou mortes, disse Guterres.
O Japão registra oficialmente 17 pessoas levadas para a Coreia do Norte. Cinco regressaram em 2002, mas Pyongyang afirma que oito morreram e outros quatro nunca entraram no país. Tóquio não aceitou a reclamação e instou Pyongyang a divulgar informações mais detalhadas.