Japão e Estados Unidos aprofundarão cooperação em construção naval, IA e tecnologias de última geração
TÓQUIO — O Japão e os Estados Unidos assinarão memorandos de cooperação em construção naval, inteligência artificial e tecnologia de comunicações de última geração durante a visita planejada do presidente Donald Trump a Tóquio na próxima semana, disseram fontes familiarizadas com o assunto no sábado.
A construção naval foi uma das áreas de cooperação incluídas em um grande programa de investimentos prometido por Tóquio como parte de um acordo comercial entre os dois países em julho.
O memorando abordará a promoção do investimento japonês no setor de construção naval dos EUA para aumentar a capacidade de produção, introduzir métodos avançados de projeto de navios e estabelecer programas conjuntos de treinamento para trabalhadores de estaleiros, de acordo com fontes governamentais japonesas e americanas.
O documento, que será assinado pelo Ministro dos Transportes do Japão, Yasushi Kaneko, e pelo Embaixador dos EUA no Japão, George Glass, destacará a necessidade de aumentar a capacidade dos estaleiros dos EUA para lidar com o desequilíbrio na capacidade de construção naval entre os construtores navais globais, disseram as fontes, em uma tentativa de combater o domínio da China no setor.
As medidas esperadas pelo acordo incluem o fornecimento de tecnologia quebra-gelo pelo Japão, disseram eles.
Trump prometeu uma abordagem abrangente para revitalizar e reconstruir as indústrias marítimas e a força de trabalho do país, já que a participação de mercado global do país na construção naval comercial caiu para menos de 1%, enquanto a China produz cerca de metade dos navios do mundo.
Os dois países também assinarão um memorando separado sobre cooperação em áreas tecnológicas, incluindo o desenvolvimento de novas tecnologias em IA, comunicações, quântica e energia, disseram as fontes.
Em julho, Tóquio e Washington chegaram a um acordo comercial após meses de negociações tarifárias, incluindo um compromisso do Japão de investir US$ 550 bilhões em importantes indústrias americanas.
