Kitagawa, japonês, entre os três cientistas premiados com o Nobel de Química
ESTOCOLMO – O cientista japonês Susumu Kitagawa e outros dois ganharam o Prêmio Nobel de Química na quarta-feira por desenvolver materiais porosos capazes de armazenar gases como o gás natural, anunciou a Real Academia Sueca de Ciências.
Os três, incluindo o professor de 74 anos da Universidade de Kyoto, foram homenageados por seu trabalho nas chamadas estruturas metal-orgânicas, materiais porosos capazes de absorver e liberar gases. Eles também previram que essas estruturas poderiam ser mais flexíveis, de acordo com a academia.
Os co-recipientes de Kitagawa são Richard Robson, professor da Universidade de Melbourne, na Austrália, e Omar Yaghi, professor da Universidade da Califórnia, Berkeley, nos Estados Unidos.
Estruturas metal-orgânicas "podem ser usadas para coletar água do ar do deserto, capturar dióxido de carbono, armazenar gases tóxicos ou catalisar reações químicas", disse a academia em um comunicado.
Heiner Linke, presidente do Comitê Nobel de Química, também disse: "Estruturas metal-orgânicas têm um potencial enorme, oferecendo oportunidades nunca antes previstas para materiais feitos sob medida com novas funções."
Uma ampla gama de redes com nanoespaços formados a partir de moléculas orgânicas e íons metálicos pode ser aplicada em áreas como meio ambiente global, recursos, espaço, vida e energia, de acordo com o Instituto de Ciência Integrada de Células e Materiais da Universidade de Kyoto, onde Kitagawa trabalha.
Após receber seu doutorado pela Universidade de Kyoto em 1979, Kitagawa lecionou na Universidade Kindai, na Prefeitura de Osaka, e na Universidade Metropolitana de Tóquio antes de retornar à sua alma mater como professor.
Kitagawa recebeu vários prêmios no país e no exterior, incluindo a Medalha da Fita Púrpura do governo japonês.
Os três vencedores dividirão 11 milhões de coroas suecas (US$ 1,17 milhão) igualmente, disse a academia.

