Ministro das Relações Exteriores do Japão destaca importância do cessar-fogo entre Israel e Irã

Ministro das Relações Exteriores do Japão destaca importância do cessar-fogo entre Israel e Irã

O ministro das Relações Exteriores japonês, Takeshi Iwaya, enfatizou a importância de um cessar-fogo no conflito israelense-iraniano e da retomada do diálogo durante uma reunião com seu grupo de sete colegas na quarta-feira.

Iwaya disse que disse aos seus colegas do G7 nas negociações em Haia que o Japão continuaria a fazer "todos os esforços diplomáticos necessários" na questão do Oriente Médio, em coordenação com outros parceiros e a comunidade internacional.

"Enquanto o mundo enfrenta diversos desafios, incluindo os assuntos do Oriente Médio, a unidade do G7 é essencial para resolvê-los", disse Iwaya a repórteres. Os ministros do G7 se reuniram na cidade holandesa à margem da cúpula anual da OTAN, com duração de dois dias, que começa na terça-feira.

A reunião ocorreu logo após Israel e Irã concordarem com um cessar-fogo após ataques retaliatórios no início deste mês, com forças israelenses atacando instalações nucleares e militares iranianas.

O acordo entre os dois países ocorreu após ataques diretos dos EUA às principais instalações nucleares do Irã no fim de semana, realizados pelo presidente Donald Trump.

Iwaya disse em um comunicado na segunda-feira que o Japão "entende" a ação militar dos EUA como uma demonstração de sua determinação em acalmar a situação e, ao mesmo tempo, impedir que o Irã adquira armas nucleares.

O Japão tradicionalmente mantém laços amigáveis ​​com o Irã, embora sua aliança de segurança com os Estados Unidos seja forte. A estabilidade no Oriente Médio é vital para a nação asiática, com escassez de recursos, dada sua forte dependência do petróleo bruto da região.

Na reunião do G7, Iwaya disse que o Japão "assumiu a liderança em discussões francas" sobre questões relacionadas à China e à Coreia do Norte em meio à crescente assertividade militar de Pequim na região e ao contínuo desenvolvimento de mísseis e energia nuclear de Pyongyang.

Após as negociações do G7, Iwaya e o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, se reuniram bilateralmente e concordaram sobre a necessidade de mais esforços diplomáticos para promover a paz e a estabilidade no Oriente Médio, ao mesmo tempo em que se comprometeram a manter uma comunicação próxima, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Iwaya e Rubio trocaram opiniões sobre as medidas tarifárias dos EUA e confirmaram seu apoio às consultas em nível ministerial com o objetivo de chegar a um "acordo mutuamente benéfico", de acordo com o ministério japonês.

Mais tarde na quarta-feira, Iwaya participou de uma reunião entre a OTAN e seus parceiros do Indo-Pacífico – Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul – onde se comprometeram com uma declaração conjunta para fortalecer a cooperação na indústria de defesa, espaço e domínios marítimos.

Em uma reunião separada, Iwaya e o primeiro-ministro holandês Dick Schoof concordaram em iniciar negociações sobre um acordo de aquisição cruzada e serviços cruzados para facilitar a troca de suprimentos de defesa e apoio logístico.

Iwaya também realizou reuniões bilaterais com seus colegas alemão e canadense, Johann Wadephul e Anita Anand.