LDP japonês quer revisar a Constituição para as forças de defesa do estado
O partido no poder do Japão concordou na segunda-feira que procuraria mencionar especificamente o nome das Forças de Autodefesa numa Constituição revista, estabelecendo uma lista de mudanças importantes que estão a ser consideradas antes de uma eleição para selecionar o seu novo líder, que provavelmente as implementará.
Para enfrentar a controversa questão da mudança da lei suprema pela primeira vez e encerrar o debate sobre a constitucionalidade do SDF, o Partido Liberal Democrata propôs manter a redação do Artigo 9 da renúncia à guerra, mas adicionar uma nova seção para explicar o morador de rua.
A decisão de segunda-feira do painel do LDP sobre a reforma constitucional terá impacto sobre quem vencerá as próximas eleições presidenciais de 27 de Setembro, e o Presidente cessante, Fumio Kishida, instou o seu sucessor a respeitar a lista.
Nas próximas eleições, espera-se que os candidatos declarem claramente a sua posição sobre a revisão da Constituição dos EUA, que foi elaborada pelos Estados Unidos e entrou em vigor em 1947.
Nos termos do Artigo 9, o Japão renuncia para sempre à guerra, declarando que “as forças terrestres, marítimas e aéreas, bem como qualquer outro potencial de guerra, nunca serão mantidas”. O FAD é considerado no Japão como uma “organização armada” de defesa do país.
O antigo Ministro da Defesa, Shigeru Ishiba, um dos dez potenciais candidatos na corrida do PDL, sublinhou a necessidade de alterar a redacção do Artigo 9.º para mencionar o SDF, em vez de adicionar uma nova secção. O Partido Komeito, parceiro de coligação do LDP, entretanto, adoptou uma posição mais cautelosa sobre o artigo, apelando a uma discussão aprofundada.
Kishida, cujo actual mandato de três anos termina no final deste mês, disse que a decisão de segunda-feira abre caminho para os legisladores aprofundarem o seu debate e submeterem um conjunto de propostas para alterar a Constituição a um referendo nacional.
“Devemos agir de uma só vez”, disse Kishida aos membros do partido. À medida que se aproxima o fim do seu mandato, ele instou o partido a elaborar uma lista de pontos-chave para a reforma constitucional em agosto.
O Japão impõe critérios muito rigorosos a qualquer revisão constitucional. Qualquer alteração proposta deve ser aprovada por uma maioria de dois terços de ambas as câmaras do Parlamento antes de poder ser submetida a um referendo nacional.
Na segunda-feira, Ishiba disse que partilhava a opinião de outros membros do PLD sobre a necessidade de consagrar claramente o SDF na Constituição. Para isso, porém, ele continuará solicitando a eliminação de parte do artigo 9º.
Ao rever a Constituição, o PDL também quer esclarecer que o governo poderá obter maior autoridade e emitir decretos de emergência sem aprovação parlamentar para responder a desastres naturais e outras crises.