Tribunal de Tóquio aprova demissão de funcionária da operadora Diamond Princess
Um tribunal de Tóquio manteve na segunda-feira a demissão de um trabalhador da unidade japonesa da operadora de navios de cruzeiro Diamond Princess, que perdeu o emprego em uma redução de pessoal após um grande surto de coronavírus a bordo do navio em 2020.
O ex-funcionário de 30 anos alegou na ação que sua demissão foi sem justa causa e, portanto, inválida.
De acordo com a denúncia, a Carnival Japan Inc. instou 24 de seus 67 funcionários a se aposentarem em junho de 2020, meses após o enorme surto de COVID a bordo. Três pessoas, incluindo o demandante, não responderam ao chamado e foram posteriormente demitidas no final de junho.
O demandante alegou que a empresa não fez nenhum esforço para evitar a demissão de trabalhadores, inclusive usando o subsídio do governo para manter o emprego em empresas afetadas pela pandemia do coronavírus.
Os três demitidos entraram com ação judicial em agosto de 2020, sendo que dois deles chegaram a um acordo com a Carnival Japan em dezembro do ano passado em que a empresa manifestou pesar com as demissões convertidas em aposentadorias voluntárias.
O autor restante, porém, solicitou a reintegração à empresa e deu continuidade à ação.
Em Fevereiro de 2020, infecções de grupo no Diamond Princess atraíram a atenção internacional, pois levaram à quarentena de milhares de passageiros e tripulantes, com 13 pessoas a morrer entre as mais de 700 infectadas.
O Japão parou de aceitar navios de cruzeiro estrangeiros no mês seguinte, até março.