Líderes japoneses e israelenses concordam em comunicar estreitamente sobre a situação em Gaza

Líderes japoneses e israelenses concordam em comunicar estreitamente sobre a situação em Gaza

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o seu homólogo israelita, Benjamin Netanyahu, concordaram numa conversa telefónica na quarta-feira em comunicar estreitamente sobre a situação na Faixa de Gaza, num contexto de guerra entre Israel e o grupo militante Hamas.

Nas suas primeiras conversações desde o ataque de 7 de Outubro a Israel, que desencadeou ataques retaliatórios no enclave palestiniano, Kishida disse a Netanyahu que um novo aumento de vítimas civis deve ser evitado e apelou a esforços para acalmar a situação o mais rapidamente possível, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Japão.

Em resposta, Netanyahu explicou a posição de Israel sobre a operação militar em Gaza, disse o ministério num comunicado de imprensa, sem dar mais detalhes.

As preocupações aumentaram com o aumento das vítimas civis em Gaza quando a guerra recomeçou na sexta-feira passada, após uma pausa de sete dias nos combates que resultou na troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.

Durante a conversa telefónica, Kishida e Netanyahu também partilharam preocupações sobre ataques a navios comerciais que ocorrem frequentemente no Mar Vermelho e outras águas regionais, disse o ministério japonês. Acredita-se que alguns deles tenham envolvido rebeldes Houthi baseados no Iémen e apoiados pelo Irão.

As conversações seguem-se à reunião pessoal de Kishida com o presidente israelita Isaac Herzog, na sexta-feira, nos Emirados Árabes Unidos, à margem de uma conferência da ONU sobre o clima, durante a qual ele também expressou esperança de um alívio das tensões ligadas à crise em Gaza.

O conflito matou mais de 16 mil pessoas no enclave controlado pelo Hamas, muitas delas consideradas mulheres e crianças, segundo as autoridades locais. Israel afirma que cerca de 000 pessoas foram mortas no ataque surpresa do Hamas.