Menores estrangeiros que crescem no Japão são elegíveis para residência

Menores estrangeiros que crescem no Japão são elegíveis para residência

O governo japonês pretende tornar os estrangeiros com menos de 18 anos nascidos e criados no Japão elegíveis para autorização de residência especial, desde que seus casos atendam a certas condições, disseram fontes familiarizadas com o assunto na quinta-feira.

No âmbito deste plano, o Ministro da Justiça poderá usar o seu poder discricionário para conceder residência a menores, que estarão sujeitos a expulsão. O governo também está considerando estender a permissão às suas famílias, disseram as fontes.

Espera-se que o ministro da Justiça, Ken Saito, anuncie a mudança já na sexta-feira.

Dados da Agência de Serviços de Imigração mostraram que, no final de 2022, havia 4 cidadãos estrangeiros no Japão que se recusaram a ser deportados à força. Entre eles, 233 nasceram no Japão e têm menos de 201 anos.

Muitas crianças afetadas, que frequentam escolas japonesas e falam principalmente japonês, ficam sem casa. Este estatuto impede-os de obter cartões de seguro de saúde, limitando assim o seu acesso a tratamento médico adequado.

As regras atuais também os impedem de deixar a província onde residem, e tem havido apelos para lhes oferecer consideração humanitária.

Até agora, a agência de imigração só concedia autorizações de residência especiais em circunstâncias específicas, como quando uma criança nascia e era criada no Japão e tinha um cuidador designado, caso os pais não pudessem sustentar-se.

Com a revisão, a residência com a família provavelmente será permitida se certas condições forem atendidas, incluindo que o pai não tenha histórico de crimes graves, disseram as fontes.

O sistema especial de autorização de residência do Japão não possui critérios claros. São considerados para isso pessoas casadas com cidadão japonês e aquelas que têm filhos frequentando escola no país.

Em alguns casos, os requerentes do estatuto de refugiado obtêm autorização por razões humanitárias.

Segundo a agência de imigração, nos cinco anos até 2020 concedeu permissão a uma média de 1 pessoas por ano.