Os salários reais no Japão caíram 1,4% em setembro, registrando queda pelo nono mês consecutivo.
TÓQUIO – Os salários reais no Japão caíram 1,4% em setembro em comparação com o ano anterior, marcando o nono mês consecutivo de declínio, uma vez que os aumentos salariais continuaram a ficar atrás da inflação persistente, de acordo com dados do governo divulgados na quinta-feira.
Os salários nominais, ou seja, o salário médio mensal por trabalhador, incluindo o salário base e as horas extras, aumentaram 1,9%, atingindo 297.145 ienes (US$ 1.900), registrando o 45º mês consecutivo de aumento, segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar.
Embora os salários nominais tenham aumentado, os preços ao consumidor subiram 3,4% em setembro devido ao aumento dos custos de alimentos e energia, mantendo os salários reais – um indicador fundamental do poder de compra do consumidor – em território negativo.
Um funcionário do ministério afirmou que o impacto do maior aumento anual do salário mínimo no Japão, que deve entrar em vigor a partir de outubro, dependendo da prefeitura, deve ser acompanhado de perto.
O salário mínimo médio nacional por hora foi aumentado em 66 ienes, atingindo o valor recorde de 1.121 ienes para o ano fiscal de 2025, que termina em março, um aumento de 6,3% em relação ao ano anterior.
O primeiro-ministro Sanae Takaichi, que assumiu o cargo no final de outubro, prometeu alcançar um crescimento salarial acima da inflação, afirmando que a principal prioridade de seu governo era combater a alta dos preços.
O Banco do Japão também está monitorando de perto os salários, com o governador Kazuo Ueda afirmando que precisa avaliar mais dados sobre a evolução dos salários em nível nacional antes de decidir sobre novos aumentos nas taxas de juros.

