Mitsubishi Motors terceirizará produção de veículos elétricos para a Foxconn de Taiwan
A Mitsubishi Motors Corp. disse na quarta-feira que assinou um memorando com uma unidade da gigante taiwanesa de eletrônicos Foxconn para receber veículos elétricos da ARM, com o objetivo de lançá-los na Austrália e na Nova Zelândia no segundo semestre do ano que vem.
A montadora japonesa disse em um comunicado que manteria discussões adicionais com a Foxtron Vehicle Technologies Co., um braço de veículos elétricos da Foxconn, formalmente conhecida como Hon Hai Precision Industry Co.
A montadora taiwanesa Yulon Motor Co. começará a fabricar veículos elétricos em Taiwan.
O acordo da Mitsubishi Motors com um fabricante contratado tem um peso simbólico para a indústria automobilística japonesa, que historicamente tem sido relutante em terceirizar a fabricação para empresas fora do setor automotivo tradicional, disseram analistas.
Separadamente, a Mitsubishi Motors disse que lançará novos veículos elétricos a serem fornecidos pela Nissan Motor Co. com base em seu Leaf de próxima geração, com o objetivo de lançá-los no mercado norte-americano no segundo semestre de 2026.
A Mitsubishi Motors disse que fornecerá um de seus modelos híbridos plug-in para a Nissan para venda no mercado norte-americano em 2026, acrescentando que continuará a explorar maneiras de fortalecer sua parceria para aprimorar sua linha de veículos eletrificados.
As mudanças ocorreram após uma iniciativa para formar o terceiro maior grupo automotivo do mundo entre a Honda Motor Co., a Nissan e a Mitsubishi em fevereiro. A Foxconn expressou seu interesse em fazer parcerias com montadoras japonesas para expandir seu incipiente negócio de veículos elétricos.
Apesar do fracasso das negociações, as três montadoras japonesas continuam as discussões sobre colaboração no desenvolvimento de software para veículos elétricos e outras áreas importantes, com especialistas do setor monitorando de perto se a colaboração da Foxconn com a Mitsubishi se estende à Honda e à Nissan.
A Mitsubishi decidiu não participar das negociações de fusão Honda-Nissan, preocupada em perder sua autonomia.
