Primeiro-ministro japonês promove plano de transformação do arquipélago para revitalizar áreas locais

Primeiro-ministro japonês promove plano de transformação do arquipélago para revitalizar áreas locais

O primeiro-ministro Shigeru Ishiba prometeu acelerar os esforços para revitalizar as economias regionais e combater a concentração excessiva da população em Tóquio e outras áreas metropolitanas como parte da sua campanha para "transformar o arquipélago japonês".

Entre as suas propostas anunciadas no início de Janeiro estavam a criação de um novo sistema de "residência dupla" para ajudar os jovens burocratas a viver e trabalhar em múltiplos locais, enfatizando que o sector público deveria assumir a liderança na resolução do problema da concentração excessiva.

Ele também delineou um plano para transferir algumas funções do governo central para áreas regionais, com escritórios de ministérios e agências localizados principalmente em Tóquio.

“Faremos a transformação do arquipélago japonês com um forte sentido de urgência porque não haverá futuro para o Japão”, disse Ishiba no dia 6 de janeiro durante a sua primeira conferência de imprensa deste ano.

Falou da necessidade de envolver o sector privado na iniciativa para garantir o desenvolvimento das economias locais, comprometendo-se a fomentar um ambiente que facilite o estabelecimento de startups nestas regiões e incentive as empresas existentes a transferirem as suas sedes para lá sociais.

A concentração excessiva é um problema grave para este país envelhecido que enfrenta uma população em declínio, com a maioria das 47 províncias do Japão a reportar êxodos populacionais líquidos, de acordo com dados do governo. Tóquio foi uma das muitas exceções.

A última promessa surge antes das principais eleições deste ano, uma para a Assembleia Metropolitana de Tóquio e outra para a Câmara dos Conselheiros.

O primeiro-ministro tem lutado para consolidar o apoio ao seu governo desde que assumiu o cargo em Outubro passado, quando um escândalo de fundo secreto envolvendo o seu Partido Liberal Democrata, no poder, prejudicou a confiança dos eleitores. O PLD goza tradicionalmente de forte apoio nas áreas regionais.