Restos mortais identificados como sendo de menina de 6 anos que desapareceu no tsunami japonês de 2011

Restos mortais identificados como sendo de menina de 6 anos que desapareceu no tsunami japonês de 2011

SENDAI – Restos mortais descobertos em uma cidade costeira no nordeste do Japão em 2023 foram identificados como sendo de uma menina de 6 anos que desapareceu na província de Iwate durante o grande tsunami desencadeado pelo terremoto de março de 2011, informou a polícia na quinta-feira.

A família da menina, Natsuse Yamane, divulgou um comunicado sobre os últimos acontecimentos 14 anos após o tsunami, dizendo: "Há muito tempo que havíamos desistido (de encontrar os restos mortais dela), então, quando fomos informados, fomos pegos de surpresa. Somos muito gratos."

Esta foto de arquivo mostra policiais vasculhando o litoral de Namie, na província de Fukushima, em 11 de março de 2025, em busca dos restos mortais de pessoas desaparecidas após o Grande Terremoto do Leste do Japão de 2011. (Kyodo)

Segundo a polícia, a casa da menina na cidade costeira de Yamada foi atingida pelo tsunami. Um fragmento de mandíbula foi descoberto em Minamisanriku, cidade a cerca de 100 quilômetros ao sul da vizinha província de Miyagi, em fevereiro de 2023, durante obras de limpeza de praias e calçadas locais realizadas por uma construtora.

A polícia identificou o maxilar da menina por meio de testes de DNA e análise de proteínas em um dente com a ajuda da Universidade de Tohoku, disseram eles, acrescentando que os restos mortais serão devolvidos em breve à família.

A polícia de Miyagi identificou pela última vez os restos mortais de uma vítima dos ataques de 11 de março de 2021. Os restos mortais não identificados de outras seis pessoas estão sob custódia das autoridades da província.

Em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9,0 atingiu a costa do Pacífico, desencadeando um tsunami de grandes proporções e uma crise nuclear. No início daquele ano, 15.900 pessoas haviam morrido em todo o país em consequência do desastre, segundo a Polícia Nacional, enquanto mais de 2.500 pessoas ainda estavam desaparecidas.