Megabanco japonês usará painéis solares em fazendas de ovelhas para reduzir emissões
Um megabanco japonês está a operar o que poderá ser o primeiro parque de painéis solares do país, localizado num pasto de ovelhas, para produzir energia renovável para abastecer os edifícios que albergam as sucursais nacionais do banco.
Como parte dos seus esforços para reduzir as emissões de carbono, o MUFG Bank assinou um contrato com a Osaka Gas Co. e a Machiokoshi Energy Co. para que o banco receba eletricidade gerada a partir de uma pastagem de 89 hectares na cidade costeira de Shiranuka, em Hokkaido.
A fazenda deverá produzir cerca de 19 gigawatts-hora por ano, o suficiente para abastecer cerca de 4 residências japonesas por ano.
A Machiokoshi Energy, uma empresa local de geração de energia com sede na província de Hyogo, afirma que a instalação de “pasto solar” proporciona benefícios mútuos às ovelhas e aos painéis solares.
As ovelhas provavelmente reduzirão seus custos operacionais comendo ervas daninhas, o que pode prejudicar a eficiência dos painéis solares, enquanto a sombra sob os painéis solares lhes permite escapar do sol e pastar mais, disse a empresa.
Ao abrigo de um acordo tripartido datado de 26 de julho, a Osaka Gas irá comprar toda a oferta produzida e distribuí-la ao MUFG Bank durante 20 anos sob a forma de eletricidade com um "certificado não fóssil" confirmando que provém de uma fonte renovável.
Assim que a eletricidade estiver disponível, a partir de julho de 2026, o banco MUFG planeia utilizá-la para abastecer agências localizadas em instalações alugadas, reduzindo assim as suas emissões anuais de gases com efeito de estufa em cerca de 20%. A empresa já converteu o fornecimento de energia dos seus próprios edifícios para energia renovável.
Embora as iniciativas para cultivar culturas como batatas sob painéis solares tenham aumentado nos últimos anos, a Machiokoshi Energy afirma que a combinação baseada em pastagens provavelmente será a primeira no Japão.
“Há muitas terras não urbanizadas em Hokkaido, mas é fácil ficar no vermelho quando as fazendas reabrem”, explica Shoji Numata, diretor da empresa. “Ao aliar a pecuária à produção de energia solar é possível mais que duplicar a renda”, acrescenta.