Equipe japonesa desenvolve tratamento para COVID-19 usando células imunológicas sintéticas
Uma equipe de pesquisa japonesa desenvolveu células imunológicas usando células-tronco embrionárias de origem humana para tratar novas infecções por coronavírus.
A equipe de pesquisa, incluindo membros da Universidade de Kyoto e da Universidade de Saúde de Fujita, planeja realizar um ensaio clínico em três anos em pacientes que ficaram imunocomprometidos devido à quimioterapia e sofrem sintomas graves de COVID-19, disse ela no final de julho.
A equipe criou artificialmente linfócitos T citotóxicos, chamados de “linfócitos T assassinos”, que atacam células infectadas por um vírus. Essas células, desenvolvidas para reduzir o risco de rejeição dos pacientes, possuem genes com funções de “detecção” para detectar proteínas específicas do novo coronavírus.
Quando as células expandidas foram cultivadas com células infectadas pelo novo coronavírus, cerca de 90% destas morreram após 12 horas, segundo a equipe que também inclui membros da Universidade de Osaka e do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil.
A equipe solicitou uma patente, disse ela.
Antes do ensaio clínico, a equipe pretende realizar testes em camundongos para determinar a segurança do tratamento, que tem potencial para ser utilizado em outras infecções virais por meio de alteração genética, segundo a equipe.
Hiroshi Kawamoto, professor da Universidade de Kyoto que faz parte da equipe de pesquisa, disse que o novo tratamento provavelmente seria eficaz em pacientes imunocomprometidos porque as células expandidas atacam diretamente as células infectadas.
No ensaio clínico, as células expandidas serão administradas por via intravenosa, disse Kawamoto, acrescentando que acredita que o risco de efeitos secundários graves observados nas terapias imunitárias é baixo.