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Ex-enfermeiro detido após assassinato de duas mulheres em casa de repouso de Saitama

TSURUGASHIMA, Prefeitura de Saitama — Uma comunidade normalmente tranquila está em choque depois que duas mulheres idosas foram esfaqueadas até a morte em uma casa de repouso e um ex-cuidador foi levado sob custódia.

Em 15 de outubro, a Polícia da Prefeitura de Saitama prendeu Toya Kimura, de 22 anos, sob suspeita do assassinato de Toshiko Kobayashi, de 89 anos, na casa de repouso Wakaba.

Ele também disse que era responsável pela morte da segunda vítima, identificada como Akiko Uei, de 89 anos, disse a polícia.

Os ataques ocorreram antes do amanhecer de 15 de outubro.

O suspeito, que trabalhou na unidade de saúde até julho do ano passado, teria admitido o assassinato de Kobayashi.

"Não há dúvida de que eu a esfaqueei e matei", disse ele, segundo a polícia.

A polícia não determinou o motivo do ataque.

CRIME E PRISÃO

Segundo a polícia, apenas um funcionário estava de serviço na unidade com 64 moradores no momento dos ataques.

O trabalhador disse que confirmou que todos os quartos estavam normais por volta da meia-noite.

Mas, enquanto fazia a ronda por volta das 3h30 da manhã, ele encontrou Kobayashi em seu quarto no quinto andar, deitada de bruços na cama e sangrando na cabeça.

Depois de levantar o cobertor e encontrar mais sangue na parte superior do corpo, ele imediatamente ligou para o diretor da unidade.

A polícia disse que não havia sinais de que Kobayashi se defendeu durante o ataque, indicando que ela estava dormindo quando foi esfaqueada.

Uma verificação posterior em outros quartos revelou Uei sangrando e inconsciente em sua cama no quarto andar.

Imagens de câmeras de segurança mostraram um indivíduo suspeito saindo do local, levando a polícia até Kimura.

Por volta das 8h40, policiais interrogaram Kimura em uma rua a cerca de 250 metros do estabelecimento.

Com base em suas declarações, a polícia localizou uma bolsa em Tsurugashima contendo uma lâmina manchada de sangue que se acredita ser a arma do crime.

Uma bicicleta provavelmente usada pelo suspeito também foi descoberta.

Kimura foi preso por volta das 12h30.

A polícia disse que o suspeito explicou mais tarde: "Abri a fechadura da porta da frente com o código de quatro dígitos e entrei no prédio".

O código aparentemente não foi alterado desde que ele encerrou seu emprego na casa de repouso.

A polícia disse que Kimura usou uma entrada de funcionários em vez da entrada principal e usava uma balaclava, máscara e luvas, indicando que o ataque foi premeditado.

Kimura foi transferido para o Gabinete do Promotor Público do Distrito de Saitama na manhã de 16 de outubro.

A COMUNIDADE MARAVILHOSA

Uma mulher na casa dos cinquenta que mora perto do asilo Wakaba disse que foi acordada pelo som de sirenes de ambulância.

"Eu conseguia ver a RCP sendo realizada em uma sala no quarto andar", ela lembra. "Eu sabia que era algo sério."

Outra mulher, cujo irmão octogenário mora lá, correu para o local.

"Foi frustrante não conseguir passar pela barreira policial para vê-lo", disse ela, acrescentando que sempre considerou o local seguro.

Visitas aos moradores exigem agendamento e os nomes dos convidados são verificados, disse ela.

Os moradores vivem em pequenos cômodos que podem ser trancados por dentro.

"Os moradores e a equipe sempre conversaram cordialmente, e eu achei a instalação agradável e limpa", disse ela. "Não entendo como algo assim pôde acontecer."

A notícia do crime se espalhou pelo bairro de Kumagaya, onde fica o apartamento de dois andares de Kimura.

Um vizinho disse que Kimura era reservado.

Ele disse que não se lembrava de ter visto o suspeito interagindo com outras pessoas, levando o lixo para fora ou mesmo saindo para o trabalho.

"Eu não o conheço de jeito nenhum", disse o homem.

(Este artigo foi compilado a partir de relatórios de Yota Kosaki, Hayato Honda, Shun Tsunekawa, Tomonori Asada e Minori Oshita.)