Uma empresa japonesa de patinetes elétricos exigirá o consentimento do usuário para obter informações policiais sobre infrações.
TÓQUIO – Uma empresa japonesa de serviços de patinetes elétricos exigirá que os usuários permitam que a polícia compartilhe informações sobre infrações de trânsito com a empresa, como parte dos esforços para reduzir acidentes.
De acordo com a nova política que entra em vigor nesta sexta-feira, as pessoas não poderão usar as trotinetes elétricas da Luup Inc. sem autorização prévia. Atualmente, a empresa só tem permissão para receber informações da polícia em casos de acidentes graves ou com o consentimento dos infratores.
Segundo a lei, os usuários podem conduzir patinetes elétricos a velocidades de até 20 quilômetros por hora sem carteira de habilitação, enquanto menores de 16 anos estão proibidos de utilizá-los. O serviço da Luup permite que os usuários retirem e aluguem patinetes elétricos em locais designados nas principais cidades.
Quando a nova regra entrar em vigor, a empresa poderá receber informações sobre a hora, o local, o tipo de acidente e o número de identificação do veículo envolvido, de acordo com a empresa de mobilidade sediada em Tóquio.
Em janeiro do ano passado, Luup lançou um sistema de pontos em que infrações de trânsito que ultrapassassem um determinado limite resultavam na suspensão da conta do usuário. No entanto, a eficácia do sistema de autodenúncia tem sido questionada.
Durante o primeiro semestre de 2025, o Japão registrou 163 acidentes envolvendo veículos motorizados de pequeno porte, como scooters elétricas, dos quais 29 casos, ou 17,8%, foram causados por pessoas sob efeito de álcool, de acordo com dados da polícia.
A percentagem foi bem superior a 0,6% para acidentes envolvendo ciclomotores com cilindrada igual ou inferior a 50 cm³ e a 0,8% para bicicletas.
A partir de setembro, alguns policiais de Osaka começaram a usar patinetes elétricos para patrulhar bairros e ir a locais de acidentes, com o objetivo de demonstrar direção segura.

